top of page

Mulheres negras da Península de Itapagipe e do Subúrbio Ferroviário se unem e criam a marca “Costur

Por Tulani Nascimento*

A sustentabilidade pode estar presente no dia a dia de várias maneiras. Existe um movimento mundial pela reutilização ou do que é descartado por empresas ou outras pessoas. Foi dentro deste movimento que surgiu o grupo Costura Solidária e Sustentável. Com apenas 11 messes de existência, criado pelo Centro de Arte e Meio Ambiente – CAMA, o grupo é formado por 10 mulheres negras da Península de Itapagipe e do Subúrbio Ferroviário e tem como proposta gerar trabalho e renda para as mulheres diminuindo o impacto dos resíduos da lona de vinil. A loja situada no Shopping Bahia Outlet Center é um arraso. Tem de tudo: jogo americano, carteiras, aventais , mas o carro chefe são as bolsas de vários tipos, de vários tamanhos, de várias cores. Um charme só. E a ideia é genial porque une o consumo sustentável com geração de renda.


Mas será que o consumo sustentável é apenas uma moda passageira? É verdade que a cobrança por uma vida mais sustentável sempre é para o consumidor, mais sabemos que quem mais poluem são as multinacionais. Segundo uma pesquisa realizada pela “Break Free from Plastic”, as multinacionais Coca-Cola, Pepsi e Nestlé são as que mais contribuem para a poluição dos oceanos com plásticos de um só uso. E a responsabilidade dessas empresas?


Uma pesquisa publicada pela revista científica Science em 2015 informou que a humanidade gera um total de 275 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano.


Lógico que devemos refletir sobre o que acontece com os resíduos que descartamos. Mas existe um problema muito mais grave a ausência desta reflexão nas esferas públicas. Por isso a necessidade de apoiar iniciativas como o grupo Costura Solidária e Sustentável que de maneira independente já faz a sua parte. Fazendo um trabalho de campo mais também exigindo políticas públicas dentro deste âmbito.


Claro que acredito nas mudanças globais, mas acredito ainda mais, nas pequenas mudanças. Cada um fazendo sua parte. Comprando em lojas sustentáveis, deixando de comprar em outras nada responsáveis. Comprando alimentos de pequenos agricultores, em feiras. Bastam pequenos gestos para sermos mais conscientes na forma como consumimos. E se a gente muda o sistema muda. É verdade que esse pensamento é uma Utopia, mas acredito que as Utopias podem se transformar em realidade.


Para quem se anima a fazer pequenas mudanças dou sugestões para que possa inserir algumas no seu dia-a-dia, “poquito a poco”:


1. Comprar menos roupa.


Será que precisa mesmo de toda a roupa e sapatos que compra? Porque não descobrir marcas que apostam na sustentabilidade?

Você também pode reciclar sua roupa e comprar em brechós. Os brechós estão super na moda.

2. Reparar em vez de comprar.

Antes de comprar algo novo, tente perceber se é possível reparar o que se estragou.


3. Escolher alimentos orgânicos.


Quem compra orgânicos está contribuindo diretamente para a preservação do planeta. Salvador possui cerca de 20 feiras orgânicas. E você pode fazer sua hortinha em casa.


4. Reutilize e Recicle


Se você não pode reciclar em casa, encontre postos de reciclagem próximos de você. É verdade que a prefeitura de Salvador não tem um trabalho consistente de reciclagem e de coleta seletiva, mais existem diversas ONGs que trabalham com reciclagem.


5. Conheça e apoie iniciativas sustentáveis na sua cidade


Como por exemplo o lindo e necessário trabalho da Costura Solidária e Sustentável que fica no Shopping Bahia Outlet Center , no Bairro do Uruguai.

Porque Salvador tem muitas iniciativas interessantes para se conhecer fora do centro da cidade. Porque Salvador é muito mais do que o centro da cidade. Mas isso é uma outra história.


* *Formada em Comunicação Social pela Ucsal e Pós Graduada em Administração de Indústrias Culturas pela Universidade de Valladolid


Fonte da imagem: Grupo Costura Solidária e Sustentável




14 visualizações0 comentário
bottom of page