top of page
Foto do escritorEquipe Soteroprosa

A BANDA GIGANTE COM TRÊS MÚSICOS



Eu tenho um amigo chamado Rogério, nós gostamos muito de conversar sobre música e tem uma banda que sempre nos faz mudar o tom da conversa, quase que um time do coração. Este trio tornou-se a paixão de uma legião de fãs, de uma certa forma, nos sentimos amigos deles. Seja em conjunto ou de forma individual; Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart influenciaram e influenciam gerações em suas vidas profissionais e pessoais. Peço licença para falar um pouco sobre o Rush e mostrar os motivos de seus fãs terem um imenso carinho e respeito pela banda, que vão além da música. Formada no Canadá em 1968, o Rush se tornou uma referência no rock. Ao contrário de muitas bandas daquela época, seus integrantes não eram conhecidos por seus vícios e farras. Mas sim, pela dedicação na elaboração de suas obras. Suas letras conceituais misturadas com melodias carregadas na técnica e no feeling tornaram-se seu cartão de visita, de forma com que seus integrantes tivessem mais de uma função ao vivo. Mas quem são seus integrantes? Afinal, eles que fizeram do Rush o Rush. Começamos por Alex Lifeson, o guitarrista do Rush foi um dos responsáveis pela elaboração da banda. Com um estilo único, Lifeson trazia uma sonoridade ímpar. Não queria ser o mais rápido nem o mais técnico. Queria sempre pensar fora da caixa. Se transformou no equilíbrio da banda, não por ser o menos virtuoso, longe disso, mas sim por saber exatamente o que fazer com a guitarra. Um músico maduro, mas também o mais brincalhão do grupo. Lifeson era o principal responsável por quebrar a imagem “séria” da banda. No palco, tocava de forma descontraída. Dividindo a linha de frente com Lifeson, temos o meu ídolo! Geddy Lee. Mas relaxe, não vou dizer nada que um ouvinte imparcial não diria. Baixista, tecladista, vocalista... Geddy tornou-se conhecido por sua técnica, versatilidade e maturidade. Quase que um canivete suíço, Geddy tocava linhas complexas no baixo ao mesmo tempo em que cantava e tocava seu sintetizador com os pés. Geddy tornou-se um exemplo de carisma dentro e fora dos palcos. Acompanhando a imagem brincalhona de Lifeson, Geddy ajudava a aliviar o teor sério e filosófico das letras da banda. Geddy é presença carimbada na maioria das listas de influências feitas por baixistas. Chegamos a Neil Peart, o cérebro da banda, Pois, enquanto Geddy e Alex eram os responsáveis pelas melodias tocantes, já Peart era o responsável pelas letras. Neil foi o integrante que mais mexeu com os fãs. Seja por sua habilidade, sendo considerado por muitos o melhor baterista da história, ou por sua vida pessoal, com tragédias e exemplos de superação. Peart era o membro mais recluso e estudioso do grupo. Antes dos concertos, ensaiava por mais de uma hora sem parar.


Em 1997, aconteceu o divisor de águas na vida de Neil Peart. Em menos de um ano, perdeu sua filha e esposa por acidente de carro e câncer, respectivamente. Por um período, o Rush entrou em hiato, com Neil focando em sua jornada de autodescoberta. Sua moto foi a ajuda que o fez passar pelo luto, rendendo o livro de sua autoria, Ghost Rider e, sua inspiração para as letras do álbum, Vapor Trails.


Nos últimos anos de banda, Neil Peart sofria silenciosamente com dores físicas e a saudade de sua segunda esposa e sua filha. Após a aposentadoria da banda em 2018, Neil parou de vez de tocar, aproveitando cada segundo com a sua família. Em 2020, quando faleceu, os fãs entenderam melhor sua decisão, ele estava enfrentando uma batalha contra o câncer desde 2017. Neil se foi, mas deixou uma história de exemplo para muitos. Como eu disse no começo do texto, o Rush é uma inspiração pessoal e profissional para muitos. Suas obras tão bem como a personalidade e história individual de cada um dos seus integrantes nos fazem pensar em quem somos, quem queremos ser e quem podemos ser. No meu caso, profissionalmente, o Rush me mostra que o conhecimento e o sentimento andam juntos. Profissionalismo diz muito sobre a imagem que você passa. Pessoalmente, Geddy me ensina sair da zona de conforto, Lifeson me ensina a sempre levar a vida com bom humor e Peart me ensina que a vida tem muitos altos e baixos e que só depende de nós mudarmos as situações.


56 visualizações0 comentário

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page