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Foto do escritorEquipe Soteroprosa

QUANDO SE VAI UM ÍDOLO



Quando nos tornamos fãs de um artista/banda... fãs de verdade... a sensação sempre é a mesma. Mesmo não conhecendo os nossos ídolos, nos sentimos tão próximos que torcemos por eles como se fossem membros de nossas famílias.


Queremos ver o sucesso deles. Queremos que não aconteça nada de mau. Até porque, você se espelha no seu ídolo. Você estuda o seu ídolo. Você procura ver o que ele realizou e como realizou para se guiar no que faz.


Eu tenho três ídolos principais na música. Geddy Lee, baixista do Rush, Glecio Nascimentos, baixista brasileiro de sessão e Dave Grohl. Que foi baterista do Nirvana e atual vocalista do Foo Fighters (FF).


Mas todos os meus ídolos são baixista, certo? Porque Grohl ta nessa lista? Por tudo que ele já realizou na música e fora dela. Grohl é um dos maiores casos de sucesso da história da música. O baterista que deixou de ser "o cara do Nirvana", recusou trabalhos gigantes e foi ser o maior frontman do Rock atual. Além disso, Grohl dirigiu documentários e, mais recentemente, lançou um filme.


Como um fã de carteirinha de tudo que Grohl faz, obviamente sou fã do Foo Fighters. Banda que até quem não curte muito sabe da relevância que tem na música mundial. Eu já ouvi todos os álbuns... sei a história de todos os integrantes e já assisti ao Back & Forth,-documentário sobre a banda- incontáveis vezes. Incontáveis mesmo. Pois perdi totalmente a conta.


Inclusive, se você quer uma indicação de documentário para levantar o seu dia, assista a esse. Mesmo que você não seja muito ligado a música. Porque, no filme, é evidente a aula que eles dão de como lidar com os mais assombrosos desafios dentro das artes.


Nesse documentário, todos os músicos falam seu ponto de vista sobre tudo. Mas, algo chama a atenção. A relação de Grohl com seu baterista, o Taylor Hawkins. Assumidamente, o integrante mais próximo do vocalista. O integrante que fez Grohl reviver a tensão por uma overdose parecida com a de Kurt Cobain. E, infelizmente, o primeiro integrante do Foo Fighters a nos deixar.


Hawkins era o segundo membro mais novo da banda. Um dos baterias mais conhecidos do mundo da música, ele começou tocando com a Alanis Morissette e foi para os FF sabendo que ia ser um downgrade na época. Afinal, a banda ainda começava a fazer sucesso.


Hawkins era conhecido por sua personalidade risonha, brincalhona e por ser o integrante "do coração" de Grohl. Era um dos mais carismáticos e mais acessíveis integrantes. Ele faleceu no dia 25 de março de 2022 em um hotel em Bogotá, onde a banda ia fazer um show. O Foo Fighters também iria se apresentar no Lolapalloza Brasil no dia 27 de março. Obviamente, cancelaram o resto da turnê pela América do Sul, incluindo o show que seria o encerramento do festival em São Paulo.


No documentário - de novo, recomendo fortemente assistir - o Foo Fighters relembram quando Taylor teve uma overdose de heroína na Inglaterra. Grohl, que já havia chamado ele para conversar sobre o seu vício na época, comenta como foi a sensação de ver o seu "irmão caçula" passar pelo mesmo de aconteceu com Cobain. Conta que chegava para Hawkins e dizia coisas positivas enquanto o mesmo dizia um "vá se f***". Essa parte da história lembrada por Grohl como a confirmação que o baterista iria sobreviver.


Após a overdose, os FF foram para o estúdio e gravaram o álbum One By One, com canções como All My Life e Time Like These. Daí em diante, os Fighters continuaram o seu caminho para serem a maior banda de rock dos últimos anos. Com sucesso após sucesso. Eles estavam a todo vapor, sempre em alta, até chegou o dia 25 de Março.


Um dia após a morte de Hawkings, ao abrir o site de notícias, me deparei com a notícia de que uma de suas últimas aparições públicas foi no Paraguai, onde tirou foto com uma fã Mirim que é baterista e via ele como inspiração. Os pais disseram que ainda não tiveram a coragem para dizer que o lendário baterista faleceu.


A perda do baterista, infelizmente, endossa o que eu dizia no começo desse texto. Pois, assim como os milhões de fãs da banda, eu sentia os integrantes como os meus "parentes". No documentário, você via a família dos músicos. Logo fica inquieto ao pensar em como estariam os filhos dele e sua esposa. Como você pensaria se fosse um parente. Você pensa em como estão seus amigos. Você sente aquele calafrio como se fosse alguém próximo. E você também pensa em Grohl, que passou os últimos 28 anos sendo o "irmão mais velho" de Hawkins.


Assim como todos os fãs do Foo Fighters, sinto a dor da perda de um músico que sentíamos próximos. Mas, o que devemos fazer? O mesmo que se faz quando alguém do nosso ciclo vai embora desse plano. Torce para ter uma boa chegada lá em cima, torce para que a família e os amigos dele tenham forças para superar a pior notícia que alguém recebe e manda toda a energia possível. Lembrando com carinho quem foi seu ídolo. Pois a obra dele fica. E, a partir dessa obra, sua "fã-mília" cheia de "parentes" pelo mundo todo só aumentará.



Descanse em paz, Taylor Hawkins. Toda a força para sua família, amigos e fãs.


Imagem de capa: retirada do Instagram oficial do Foo Fighters.

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1 Comment

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kerollemstefanny
Mar 29, 2022

Tem pessoas que amam mais seus ídolos do membros da família,d uma certa forma tem pessoas que se apegam a seus ídolos como válvula de escape ou como a única coisa positiva de sua vida,como se eles fossem sua fonte de esperança.

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