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Foto do escritorMarcos Antônio Lima

TECENDO A ESPERANÇA: REFLEXÕES SOCIOLÓGICAS E ANSEIOS PARA O NOVO ANO




Ao explorarmos o âmago da sociologia, deparamo-nos com uma conexão intrínseca com o sentimento de esperança. Esta ciência, nascida do inconformismo com a ordem vigente, sempre esteve marcada por visões distintas de um futuro mais promissor. Contudo, nos dias atuais, percebemos uma tendência crescente em direção a uma sociologia mais focada no presente, quase como se houvesse uma resignação diante de sociedades que parecem ter perdido espaço para mudanças significativas.


Em todas as eras e lugares, a força motriz que impulsionou inúmeras mulheres e homens foi, sem dúvida, a esperança. O ditado popular "a esperança é a última que morre" ressoa como um lembrete de sua notável durabilidade, uma luz que persiste mesmo quando o mundo ao nosso redor parece insuportável. Como nos lembra Paul Ricoeur, a esperança não é apenas um tema que surge após outros, mas um impulso que quebra o fechamento do sistema, uma maneira de reabrir o que foi indevidamente fechado.


Num contexto em que a sociologia muitas vezes flerta com o desencanto, é imperativo resgatar a esperança como uma força verdadeiramente transformadora. O ser humano é intrinsecamente impulsionado pelo desejo, e é esse desejo que nutre nossa esperança. À medida que nos aproximamos do novo ano, é apropriado encerrar 2023 desejando não apenas realizações pessoais, mas também renovando nossa esperança coletiva.


A esperança não é ingênua; ela reconhece desafios e adversidades, mas encontra na sua essência a capacidade de abrir caminhos onde parecia haver impasses. Assim como a sociologia surgiu do inconformismo, a esperança nos instiga a questionar estruturas que nos limitam e a vislumbrar um futuro onde a transformação social seja possível.


Que cada um de nós, ao traçar metas e objetivos para o próximo ano, não se esqueça de incluir em seus planos a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Que a esperança seja a bússola que orienta nossas ações, inspirando-nos a superar desafios e a trabalhar por um mundo onde a igualdade e a compaixão sejam realidades tangíveis.


Neste final de ano, encerremos nossos dias não apenas com promessas individuais, mas com a promessa coletiva de um futuro melhor. Que 2024 seja um ano em que a esperança floresça em cada coração, iluminando nossos caminhos e reabrindo as portas para um mundo mais acolhedor e esperançoso.


Desejo a todos e todas um ano novo repleto de esperança, transformações positivas e realizações significativas. Que a chama da esperança arda intensamente em nossos corações, guiando-nos em direção a um futuro mais luminoso.



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