Queria ver você conseguir tirar uma foto com ele na época do auge!
Será que ele te daria atenção?
E aí? Ele está bem mesmo ou tá! acabado”? Vejo ele todo o dia! Ele mora perto de mim.
Que massa! Quando ia para escola o via indo treinar...
Ah! Que legal! Este registro era para ser feito mesmo.
Entre as várias mensagens que recebi sobre o fato de ter tirado uma selfie e postado nas redes sociais, com o ex-pugilista baiano, Holyfield, após encontrá-lo de forma aleatória em pleno mercado percebi que precisamos falar sobre o “auge.” Uma consulta rápida ao dicionário desses (versão) online percebo que a palavra citada designa “Ponto mais alto, cume, intensidade se sensações e emoções” e daí lembrei sobre aquela frase corriqueira sobre o sucesso que diz mais ou menos assim: você vai chegar lá! Daí me questiono “Onde é esse tal de lá?”
Bem... para o Reginaldo Da Silva Andrade o “lá” são seis títulos brasileiros, quatro sul-americanos, seis latinos, um hispânico e dois mundiais pela Federação Mundial de Boxe. O “lá” também foi ter a sua rivalidade esboçada num documentário intitulado “A luta do século” bem como foi ter salvado os seus sobrinhos de um incêndio e ter 40% do corpo queimado. Ainda assim, o que acontece quando tudo isso não é mais assunto e o protagonista estilo super-homem adoece e aparece fragilizado na mídia? Ou se depois da enfermidade ele ressurge, mas sem os títulos para você comemorar? Torna-se menos importante?
Sei que a vida da lenda do boxe rende muitas linhas de reflexões o que inclui até mesmo as ponderações feitas sobre a vida do conhecido o luva de pedreiro. Entretanto, o que cabe a minha escrita literária é persistir na indagação do “O que significa lá” “O que é mesmo o auge?” É natural que cada indivíduo fixe metas e para isso elabore alguns planos, no entanto, percebo que essa perseguição pelo mais alto lugar no pódio não rende de fato o apogeu.
O cume para mim, é no meio do choro eu conseguir rir da minha própria situação. Elevação é meu corpo conseguir dançar em meio a sala que ainda espera a minha faxina e saborear a minha comida preferida. Topo é eu receber uma carta em época de directs e do famoso “Copia e cola” Auge mesmo é eu conseguir tirar de uma cara amarrada um sorriso. E nem preciso te contar o que é mesmo receber livro de presente sem pressão do calendário te avisando que é meu aniversário, não é!?
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa
isso é o auge! Não vivo com despretensão. Sei o que quero e o que preciso. Porém, sigo, dando o meu máximo, porque dessa forma consigo sentir o tal do “topo” diariamente e assim, não é que em vez em quando uma coisa a mais estilo Oscar acontece? Eu não preciso convidar você para o meu projeto só porque você vendeu 1.000 livros numa semana (afinal, nunca tive paciência com pedantes) não necessito que você tenha o número de seguidores da Beyoncé só para eu reconhecer que o seu trabalho é importante. Não importa se os seus versos tenham o rigor dos parnasianos. O que eu preciso é só entender a sua poesia.
Uma vez alguém me disse que era criticada por ser intensa, por ser uma emocionada e daí eu abrir um sorriso e afirmei “Somos almas irmãs!” e é também por isso, que ao me deparar com o Holyfield eu fiz uma selfie. Não me interessa se ele é o assunto do momento, mas me importa é ver alguém que apesar de tudo está bem. E me alegrou o fato de enxergar naquele mercado, almas como a minha e de perceber o olhar feliz do pugilista ao se deparar com o carinho
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