A VERDADE NAS REDES SOCIAIS EM TEMPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E FAKE NEWS
- Everton Nery
- 18 de jun.
- 2 min de leitura

Vivemos em um tempo em que a imagem, antes considerada prova incontestável da verdade, tornou-se suspeita. Vídeos no Instagram, no TikTok, no YouTube e em outras plataformas circulam com aparência de veracidade, mas sua autenticidade muitas vezes é ilusória. Num mundo regido pela velocidade da informação, pela viralização e pelas “inteligências artificiais” capazes de criar, manipular e simular rostos, vozes e contextos, a distinção entre o real e o fabricado torna-se cada vez mais tênue.
A inteligência artificiai generativa, como as que produzem deepfakes, recriam falas e editam vídeos com perfeição quase imperceptível, pois está sendo moldada uma nova ecologia da verdade. Nesse cenário, o que circula nas redes não é necessariamente o que aconteceu, mas o que foi convincente o suficiente para ser acreditado. A lógica da viralização substitui o critério da veracidade: importa menos se é verdadeiro e mais se engaja.
Essa nova dinâmica impõe desafios éticos, políticos e epistemológicos. Éticos, porque a manipulação de vídeos pode afetar reputações, criar pânicos morais ou fomentar discursos de ódio. Políticos, porque vídeos falsos já foram usados para influenciar eleições, reforçar narrativas autoritárias ou silenciar minorias. Epistemológicos, porque a própria noção de conhecimento passa a ser corrompida: se tudo pode ser simulado, como saber o que é verdade?
O termo pós-verdade, tão debatido nos últimos anos, encontra nas redes sociais um ambiente fértil. A pós-verdade não é apenas o tempo em que se mente mais, mas aquele em que a verdade importa menos. O que se busca é a confirmação de crenças, o reforço de afetos e a manutenção de identidades de grupo. Nesse contexto, vídeos falsos, muitas vezes emocionalmente apelativos, funcionam como instrumentos eficazes de manipulação. É necessário, portanto, fortalecer uma hermenêutica da suspeita nas práticas digitais. Isso não significa viver em paranoia constante, mas cultivar uma atitude crítica diante do que se vê, se compartilha e se acredita. Alfabetização midiática, checagem de fatos, responsabilidade digital e transparência nas tecnologias são ferramentas urgentes para um mundo em que a própria realidade é frequentemente editada.
O desafio, afinal, não é apenas tecnológico: é profundamente humano. Como discernir o verdadeiro em uma era em que a mentira veste máscaras cada vez mais sofisticadas? A resposta talvez envolva resgatar o valor do diálogo, da escuta, da dúvida e da responsabilidade ética sobre o que escolhemos acreditar e espalhar.
O texto reflete sobre como a inteligência artificial e a viralização nas redes sociais tornaram a imagem suspeita, dificultando a distinção entre verdade e manipulação. Em tempos de pós-verdade, importa mais o que engaja do que o que é real. Isso gera desafios éticos, políticos e de conhecimento. Defende-se uma postura crítica, com checagem de fatos, educação digital e responsabilidade ética para lidar com a realidade cada vez mais manipulada e editada.
A verdade nas redes sociais é desafiada pela disseminação de fake news e pelo uso da inteligência artificial, que pode criar conteúdos falsos realistas. Em tempos digitais, a manipulação da informação afeta a opinião pública e a democracia. É essencial desenvolver pensamento crítico, checar fontes e promover a educação midiática para combater a desinformação e preservar a integridade da informação.
É assustador como um vídeo pode parecer tão real e, mesmo assim, ser totalmente falso. Isso mostra como precisamos aprender a olhar com mais atenção e não acreditar em tudo que vemos por aí.
Nos tempos atuais em que vivemos, o uso descontrolado das redes sociais e inteligencia artificial está cada vez mais avançada a tal ponto de nos enganar facilmente. Pois suas informações divergentes sobre o outro, nos faz duvidar ou em que realmente acreditar. E ainda com as facilitações das Inteligencias Artificiais acaba limitando ou até impedindo o humano de pensar e agir por si. Sugiro que neste caso, devemos retomar as ações que tinhamos antes desse avanço tecnológico. Digo, para resgatarmos o contato humano, o olho no olho, conversas e ações sem o uso das redes sociais e inteligencias artificiais.
A falsa verdade na redes sociais é algo muito penetrável na sociedade, pois vemos vídeos que são propagados sem terem bases concretas sobre tais situações espalhadas. Atualmente esses fake news estão causando problemas de saúde em pessoas. Indivíduos sofrem com saúde física e psíquicas. Sabendo que o correto antes de compartilhar um vídeo é procurar a verdade sobre o contexto do video. Muito bom o texto!