NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO: por que precisamos conhecer essa relação?
- Autor(a) Convidado
- 6 de ago.
- 2 min de leitura

*Por Anna Carla dos Santos Magalhães
A capacidade de aprender é o que torna o cérebro admirável e complexo, e os estudos da neurociência nos fazem compreender essa ideia cada vez mais. Com o passar dos anos, diversos pesquisadores vêm contribuindo de forma significativa para a construção do conhecimento acerca de como o cérebro aprende. Diante desses avanços, foi possível observar que a neurociência está diretamente relacionada com a educação e o seu conhecimento auxilia o educador a compreender os processos internos que acontecem no cérebro durante a aprendizagem.
O cérebro está ligado à aprendizagem, pois a forma como uma pessoa aprende envolve a atividade do sistema nervoso. Ele é o responsável por capacidades complexas do ser humano, como memória, emoções e motivação, atenção e linguagem. A educação é essencial, pois é por meio do processo de aprendizagem que tais capacidades são desenvolvidas. Quando relacionada aos estudos da neurociência, compreendemos que a educação possui a função de estimular e fortalecer as estruturas cerebrais que são responsáveis por essas capacidades.
A neurociência é considerada um complemento positivo para a educação, pois busca acrescentar e potencializar os processos de ensino e aprendizagem. Esse conhecimento reforça ao educador a ideia de que cada cérebro é único, marcado por experiências e ritmos próprios, sendo necessário considerar o educando a partir de seu processo neural.
Saliento que a neurociência não pretende substituir as teorias pedagógicas, mas colaborar com as práticas de ensino, tornando o processo de aprendizagem ainda mais significativo, e oferecendo um ambiente de sala de aula inclusivo e acolhedor. Entendemos que a neurociência não reduz o campo educacional a uma explicação biológica, nem mesmo se limita a ele, mas busca o seu diálogo, contribuindo para a ampliação do trabalho pedagógico e para a consolidação eficaz da aprendizagem.
A neuroeducação proporciona um olhar atento e empático para as particularidades do cérebro do educando, e isso é o que torna o ato de ensinar ainda mais valioso. Ter consciência dessa diversidade neural é pensar no outro com cuidado, buscando um processo de aprendizagem pleno, significativo e prazeroso. Portanto, a integração dos saberes da neurociência à educação é um caminho que reforça a importância de ensinar de forma respeitosa e transformadora.
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*Graduada em pedagogia - UNEB. Instagram: @annccaela
Fonte da imagem: Freepik
Referência: COSENZA, Ramon M.; GUERRA, Leonor B. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Achei de muito bom senso as colocações,e acho q ensinar requer uma sensibilidade e respeito,como vi no artigo,requer realmente um olhar sem julgamento,porque realmente cada cerebro é unico,e a forma que o educando se desenvolve tem realmente haver ,com todo contexto historico de vida ,desde a infancia ,o meio socio familiar onde vive o educando,muito bom saber que a neurociência esta junto,para melhorar cada dia mais a forma de ensinar.
Anna Carla excelente trabalho!!
Quem sabe a neurotecnologia e a inteligência artificial possam ajudar a otimizar esta prática pedagógica ?
👏👏👏👏👏
Pois é. E na Faculdade de Pedagogia, pelo menos na UNEB, não temos nenhuma matéria sobre isso... Triste.
Vamos falar mais sobre isso! ❤️