Meus caros e minhas caras, 7 Prisioneiros chegou a alcançar o 2º lugar de filme de língua não- inglesa mais assistido no streaming da Netflix, e o 1º lugar no ranking brasileiro até o dia 16 de novembro. A obra foi lançada no dia 5 de novembro na plataforma. Desponta como uma das apostas para concorrer a filme estrangeiro no Oscar 2022. A cinematografia é dirigida por Alexandre Moratto, e tem como principais nomes do elenco o genial Rodrigo Santoro e o excelente ator Christian Malheiros. Tem recebido excelentes elogios da crítica internacional.
O cenário é São Paulo, capital, cidade cosmopolita, a maior da América Latina. Muitas línguas, rostos e cores atravessam a cidade. Há muitas pessoas oriundas de realidades precárias, nos mais longínquos lugares do Brasil e do mundo, sonhando com uma vida melhor, ajustada, mais digna, com intenção de ajudar familiares.
Mas apesar de todos os sonhos, existe o inferno citadino: um mercado subterrâneo que considera humanos como máquinas de trabalho, instrumentos com preço fixado. Muitos são os prisioneiros: latinos, africanos, orientais, marginalizados e inexistentes enquanto pessoas portadoras de direito. Há um circuito nefasto, com pessoas nefastas, que se aproveitam da inocência de indivíduos que buscam uma vida mais decente. É um sistema que envolve corruptos e delinquentes de todo lugar. É uma rede com ramificações complexas e ocultadas, mas com materialidade. Quem cai na teia dificilmente escapa.
Há outros contornos interessantes também para observar. Você tomaria decisões que talvez nunca teria tomado em outro contexto? Quem assistir, verá um personagem que vive esse conflito entre escapar ou deixar para trás seus valores. O que está em jogo? A sobrevivência e a liberdade. Liberdade entre aspas, porque na verdade quando se entra nesse circuito sombrio, nunca se está totalmente livre. Convido-os a prestar atenção no dilema dele.
No fim, não há um final feliz. Não vai achando que aparecerá um herói desbravando os vilões, destruindo a pirâmide do sistema. Não haverá! Não há vencedores.
A realidade contada é sobre o tráfico de pessoas e trabalho forçado, neo-escravidão, existente atualmente. Triste, mas factual. Os direitos humanos ainda aparecem somente como uma sombra, um norte, uma idealidade universal, incipiente em muitos contextos. Muitas dessas pessoas são vistas como uma subespécie, e suas vidas só valem como números, cifras, que alimenta o sistema econômico vigente; a humanidade (esse fictício contrato entre livres e iguais) não é para elas: são consideradas párias, que deram azar na loteria vida, e por isso devem usadas como meios a fins macabros, sem mais!
Diria, por fim, que a película é angustiante, sufocante e sem saída. Mas, não deixa de ser um alerta importante sobre o submundo da sociedade capitalista e sua lógica perversa no esgoto moral e legal, que atende aos mais diferentes interesses.
Recomendo que assistam.
Link da imagem: https://cidadeverde.com/1000coisasprafazer/116141/7-prisioneiros-o-brasil-e-sua-heranca-escravagista
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