Oi, meus girassóis, como vocês estão? Hoje, vou trazer um assunto delicado do qual nenhum de nós pode fugir: a morte. Abordarei sobre “aquela que não deve ser nomeada” do ponto de vista jurídico, ou seja, vamos conversar sobre como fica os bens da pessoa que falece.
Onde vivem?
O que fazem?
Brincadeiras à parte, rs
A morte vem sendo historicamente um momento doloroso para os que amam aquele que se foi. A sensação de que acabou, de que não poderemos mais ver, falar, abraçar, rir, comer, discordar de alguém que torna o nosso coração mais quentinho, que nos transmite aconchego insiste em nos assombrar.
Já tentamos, inclusive, descobrir o elixe da vida ou (para os amantes de Harry Potter como eu) a pedra filosofal, mas não obtivemos sucesso.
Continuamos a morrer.
Outrora em casa rodeados pela família e um líder espiritual, enquanto que hoje em hospitais gelados e brancos.
O fato é que acabamos, terminamos, zefinimos, somos efêmeros, vulneráveis e incapazes de vencer a nossa condição de pequenez intelectual para resolver esse impasse da humanidade.
Portanto, acho que você concorda comigo que precisamos pensar no destino dos nossos bens, né?
Você pode dizer: “ Eu não. Já morri mesmo. Tô nem aí. Quem quiser que brigue pelo que era meu”.
Será mesmo que você pensa assim ou fala só da boca para fora, isto é, sem raciocinar a respeito do que está dizendo?
(...)
(...)
(...)
Creio que as reticências, talvez, não tenham sido suficientes para lhe dar tempo de pensar em uma resposta. Irei lhe ajudar!
Pense que se você não planejar o destino dos seus bens antes de falecer, você poderá se o pivô do fim da relação de seus filhos, sobrinhos e netos. Você será o pivô do fim das reuniões de Natal, de São João e do almoço delicioso da Páscoa.
Acredite em mim é muito raro ver uma família feliz que sobreviva ao desejo pelo dinheiro do parente que morreu. Dinheiro é uma benção, mas pode se tornar em maldição quando se torna objeto de disputa familiar. Cada um tem seu sonho, seu desejo a ser realizado por meio da grana, portanto, todos puxam a corda, mesmo que esta esteja ferindo profundamente as suas mãos.
O que você acha de deixar tudo arrumadinho para evitar que os bichinhos interiores dos que você ama se arvorem?
Ah, tem um detalhe... Quando você não deixa arrumadinho, os bens são divididos do jeito que a lei manda e, com isso, você perde a chance de fazer um ato de bondade a alguém super especial para você, mas que só poderá herdar algo seu se você deixar isso por escrito e registrado em cartório.
Olha... Você pode fazer um contrato de compra e venda com reserva de usufruto dos seus imóveis para os seus filhos, pode fazer uma previdência privada para um neto, deixar um colar de família para uma sobrinha...
Tanta coisa, né?
Lembre-se: Quem cala consente. Não perca o seu direito de gerir a sua morte e bens, afinal a finitude é sua e o patrimônio também, né?
Um beijo, meus girassóis!
Link da imagem: https://www.gazetadopovo.com.br/justica/partilha-em-vida-evita-problemas-entre-herdeiros-0tbwu981p5t7kg8goj3tg8y8e/
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