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Foto do escritorAlan Rangel

O AGIR DO PROFESSOR






Em tempos em que as pessoas estão cada vez mais sensíveis, recorrendo a fórmulas positivas e discursos fáceis de aceitação, vitória e sucesso, como um imperativo psicológico perigoso para um sentido da vida, precisamos de discursos e práticas contrárias. Necessitamos ir na contramão de um modelo pobre de vida que apela para privatização existencial da subjetividade, um pseudo conforto frágil e momentâneo, desconsiderando as nossas limitações, escondendo nossas fraquezas e nos iludindo quanto a necessidade de melhorar.


A vida é uma persistente busca pelo aprendizado, o que, por tabela, nos remete a compreender que não somos completos, acabados, afinal há muitas páginas em branco. Em todas as dimensões, emocional, social, psicológica, profissional, físico, precisamos eternamente aprender sobre algo. Esse é o custo de viver, consciente ou inconsciente deste fato. E o caminho da sabedoria é ter consciência, ser reflexivo dessa dimensão do constante aprendizado. Não há nada mais fundamental, mais importante. Quais as condições de possibilidade para viver bem? A consciência das nossas limitações e o desejo infinito de aprender.


E se a vida precisa ser encarada dessa maneira, parece coerente que, assim, deve se proceder na prática educacional. Educar compreende estimular o eterno aprendizado. E nesse percurso, já está incluso, no pacote existencial do aprendizado, a perda, o erro, as limitações, fragilidades, cobranças, fracassos momentâneos, tudo demasiadamente humano. E está tudo bem.


Educar, do latim educare, educere, significa literalmente “conduzir para fora” ou “direcionar para fora.[1] Assim, na prática docente, ensinar e educar requer, como um fardo, ou karma da profissão, ser corretivo, estimulando a melhora do educando. Também elogiar o que precisa ser elogiado. Mesmo que, com isso, não sejamos amados. Na verdade, é um agir ético que olha antes para o humano. Tal estímulo está em conexão com a amplitude da vida, pois tudo deve ser aperfeiçoado, de uma maneira ou de outra, mas, claro, cada qual no seu ritmo. E está tudo certo. Se exige perfeição? Não, somos humanos, e humanos não são perfeitos.


Avaliar as atividades dos estudantes inclui um princípio anterior. É papel ético do mestre ser honesto, justo, verdadeiro, transparente com seus aprendizes, o que significa mostrar a eles que algo sempre pode ser melhorado, aperfeiçoado, descoberto. Ele não pode ter como norte ético agradar todo mundo, pois isso envergonharia e desqualificaria seu propósito profissional.


Reconhecer os limites da nossa ignorância, pois não sabemos de tudo e morreremos sem saber, nos torna um pouco mais sábios, humildes, dizia o grande mestre Sócrates. Ao aceitar nossas limitações, aceitamos as críticas. Isso já é um bom indicativo de que estamos caminhando bem.


Creio, por fim, que é papel do educador estimular sempre o melhor dos seus discípulos.


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Aceitar nossas limitações é ter a humildade de reconhecer nossas fraquezas e saber o melhor caminho para continuar trilhando na busca de ampliar a capacidade de ser mais do que se é hoje.

Parabéns aos nossos professores que estão aqui para nos conduzir a buscarmos o nosso conhecimento.


Parabéns professor pela ética e dedicação.

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